terça-feira, 13 de novembro de 2007

Proximidade com quiosques prejudica escola no Conjunto Palmeiras

Mal cheiro, ratos e baratas circulando livremente tornaram-se rotineiras para alunos e funcionários da escola.
A Escola EMEIF Professora Maria do Socorro Ferreira Virino, localizada no Conjunto Palmeiras passa por sérios problemas devido a quiosques situados ao lado. Transtornos como mal cheiro, ratos e baratas circulando livremente foram problemas frequentemente vistos na escola nos últimos meses.

Segundo o secretário da escola Marco Antônio Ferreira, é constante recorrer à detetizações e limpezas devido aos problemas causados por ratos e baratas que vêm dos quiosques para dentro da escola: "Solicitamos detetização e telas no almoxarifado para os ratos não passarem. Estavamos perdendo merenda escolar das crianças. Elas estavam avariando porque os ratos e baratas estragavam. E não temos condições de estar solicitando sempre estes serviços. A Prefeitura ou a Regional VI têm que resolver a situação destes quiosques".
A situação referida pelo secretário já perdura há quase dez anos: um mini-mercado, que tem, entre outros boxes, bares que vendem bebidas, segundo moradores e professores da escola. Ao lado, está o terreno onde foi feito o mercado que pertence a Prefeitura de Fortaleza. Segundo o secretário da escola, existe um projeto da Regional VI para retirar os bares dali e ampliar a escola.

As professoras da escola não quiseram se identificar para evitar represálias da Prefeitura ou Regional VI. Uma professora do 3º ano, afirmou que ratos passam nos corredores, ao lado das crianças que brincam no pátio da escola: "Vimos muito ratos passando no meio das crianças. Uma professora deixou de dar aula em sua sala porque tinha um rato morto e o mal cheiro dele estava insuportável".

A professora que deixou de dar aula afirmou que a sala ficou inativa até o trabalho da detetização, transferindo os alunos para uma sala de leitura por causa do mal cheiro: "Não teria condições de dar aula com todo aquele mal cheiro. Mas a sala de leitura é muito quente, tem apenas um ventilador pequeno. No dia seguinte tive sorte porque outra professora faltou e dei aula na sala dela", conta.

Na escola existe um "depósito da Regional" (foto) onde deveria ser a sala dos professores. São livros, documentos, cadernos, arquivos e material escolar que a SER VI doou a escola por não ter onde armazenar todo este material, como explica a professora Maria Rodrigues: "Aqui se acumula poeira e lixo. A Regional tem que vir buscar este material, porque além do risco de doenças respiratórias, acumulam aqueles bichos, como ratos e baratas. Ninguem tem coragem de dar estes livros e materiais neste estado para as crianças lerem".
Porém, a SER VI esquiva-se das responsabilidades afirmando que a proximidade entre bares e a escola é problema da gestão anterior, sem prazo para resolução.

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